sábado, 3 de dezembro de 2016

Agapornis: o inseparável-de-bolso

Agapornis

Esses pequenos psitacídeos que medem cerca de 15 cm de comprimento, são extremamente brincalhões e ativos durante o dia. São comumente conhecidos também como "inseparáveis", "pássaros-do-amor", ou até mesmo "papagaio-de-bolso". São provenientes das regiões mais secas da África. E devido ao fato de eles terem evoluído em um ambiente precário, eles são muito adequados para serem pássaros de estimação.




Quando em natureza, essa aves vivem em bandos de dezenas a centenas de indivíduos. E como o próprio nome já diz, muitas (na maioria das vezes), formam um casal e ficam com esse par durante toda a sua vida, mostrando assim uma grande lealdade e carinho com sua família.
Se você mostrar afeto ao seu agapórnis, irá receber o mesmo afeto e lealdade de sua ave. Eles têm um relacionamento baseado em confiança.
Atingem por volta de 15 cm de comprimento, podendo variar de acordo com a espécie; e pesando até 55 g de peso corpóreo. É um dos menores psitacídeos do mundo e chegam a viver por cerca de 15 à 20 anos.
Atualmente, são conhecidas 9 espécies do gênero Agapornis. Sendo 8 delas domesticadas pelo homem. Exceto o "Agapornis swindernianus", que por se alimentar de um figo nativo ao seu habitat (habita as regiões de Camarões, Gabão, República Democrática do Congo e Uganda) e dificilmente sobreviver ao período de quarentena, os mesmos não foram domesticados.

As espécies de agapórnis:

A. roseicollis
Agapornis roseicollis (inseparável-de-face-rosada)
É uma das espécies do gênero Agapornis mais encontradas nos lares domésticos hoje em dia. Foram descobertos em 1793. Seu nome comum vêm da aparência da sua face quando filhotes, que lembra uma cor meio rosácea. Sua coloração original é verde de face vermelha. Os filhotes são semelhantes aos adultos, porém têm a coloração mais pálida. Medem cerca de 15 à 16 cm de comprimento.

A. fischeri
Agapornis fischeri (inseparável-de-Fischer)
Outra espécie também frequente nos lares hoje em dia. São originários especificamente da Tanzânia e só foram descobertos no século XIX. Possuem esse nome em homenagem ao ornitólogo alemão, o qual os listou pela primeira vez: Gustav Fischer. 
Vivem em regiões secas e relativamente arborizadas, e se mantém em pequenos bandos. Possuem a cabeça laranja ou avermelhada, o peito amarelo ou alaranjado, e o restante do corpo verde. Além de possuírem o bico vermelho e um aro branco ao redor dos olhos.

A. personatus
Agapornis personattus (inseparável-mascarado)
É um dos menores membros do grupo, seu tamanho varia entre 12,5 à 13 cm de comprimento. A sua principal característica, e é dela que vem seu nome, é a cor negra ou um marrom quase negro da cabeça, com cada olho rodeado de um anel branco, que o faz parecer estar mascarado. O bico é vermelho brilhante. O dorso é de um verde mais escuro que o ventre e nas asas têm plumas de voo negras. Tem o peito amarelo, que se continua no pescoço incluindo a nuca. É uma das poucas espécies de aves onde surgiram novas mutações em natureza, que foi a mutação azul descrita em 1920.

A. lilianae
Agapornis lilianae (inseparável-do-Niassa)
Pouco parecido com o agapórnis fischer, por compartilharem algumas características, tais como: o bico vermelho, o aro branco ao redor dos olhos e a face vermelho alaranjada; porém são menores que seus parentes e possuem apenas 13 cm de comprimento.
Ocorrem ao redor do Lago Niassa (do qual origina seu nome popular), que se situa no vale do Zambezi em Moçambique. Em 2014 os seus números em estado selvagem foram estimados em cerca de 20 aves, e foram então classificados como quase ameaçada pelo IUCN (International Union for Conservation of Nature, no português: União Internacional de Conservação da Natureza). Foi introduzia na Namíbia para tentar aumentar o número de indivíduos.
Outra característica que diferem eles dos parentes A. Fischer é que sua coloração na cabeça é um pouco menos viva. E sua parte vermelha alaranjada não se estende tanto, quanto dos seus parentes a. Fischer.

mutações naturais do A. personatus
Será que eles precisam de anilhas?
O IBAMA no ano de 2011, lançou uma Instrução Normativa, onde regulariza a criação dessas aves.
Segundo a Instrução Normativa (IN) nº 18 de dezembro de 2011, lançada pelo IBAMA, nos artigos 10 e 11, determina-se que, para a criação e reprodução dos agapórnis, os mesmos devem ser anilhados com anilhas fechadas e invioláveis de Clubes Ornitológicos afiliados a FOB (Federação Ornitológica Brasileira).
Ou seja, para a criação das aves, o criador tem que ser afiliado a algum Clube Ornitológico; para poder ter um registro e fazer a solicitação de anilhas quando houver filhotes.

modelo da numeração numa anilha registrada

Se quiser ver mais imagens e entender um pouquinho mais sobre os agapórnis, assista nosso vídeo no YouTube! 😃

clique na imagem para ser transferido e assistir ao vídeo
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